domingo, 14 de agosto de 2011

Musicoterapia no Envelhecimento Ativo





Com o crescente aumento mundial do número de pessoas idosas, medidas preventivas capazes de melhorar a saúde e a qualidade de vida destes idosos devem ser adotadas e a musicoterapia pode atuar como uma forma de prevenção de doenças e contribuir para o envelhecimento ativo.
O termo “envelhecimento ativo” é uma busca da organização mundial de saúde em proporcionar a população idosa, um envelhecimento mais digno, com oportunidades, assistência a saúde e segurança tornando essa etapa da vida uma experiência com mais realizações e bem-estar.
Os cuidados com o idosos exigem uma abordagem global, interdisciplinar e multiprofissional a fim de favorecer a interação dos fatores físicos, psicológicos e sociais. O ambiente em que a pessoa idosa esta inserida também tem grande influência na sua saúde em geral.
Com os avanços das pesquisas científicas, surgem novas formas de tratamento que atuam como coadjuvantes ao tratamento médico voltado para o idoso. Uma dessas formas de tratamento é a musicoterapia que sendo uma terapia auto-expressiva com forte atuação nas funções cognitivas contribui diretamente para o envelhecimento ativo, pois proporciona aos idosos um contato com seu poder criativo, com suas potencialidades, memórias e sua história de vida, fortalecendo sua identidade e auto-estima.
“Cada vez mais, o tratamento musicoterápico com pessoas na terceira idade estimula, a partir do prazer de cantar, tocar, improvisar, criar e recriar musicalmente, o redescobrir das canções que fizeram e fazem parte da sua vida sonoro-musical” (SOUZA, 2002, p. 872). A autora ressalta que a musicoterapia auxilia diretamente no resgate da identidade sonora, tendo por conseqüência a elevação da auto-estima e auto-confiança do cliente que pode ser estimulado em instâncias psíquicas onde muitas vezes a palavra não poderá alcançar.



    A Musicoterapia contribui para a abertura de canais de comunicação facilitando no ser humano a resolução dos problemas emocionais acompanhados no processo de envelhecimento e é uma profissão que esta em processo de crescimento devido às constantes pesquisas investigativas, cientificas e clínicas.
  Segundo Landrino, Assumpção e Souza (2006), a musicoterapia utiliza-se da música enquanto linguagem e meio de expressão de natureza não-verbal, como um dos canais de comunicação entre o indivíduo e o meio que o cerca. O “fazer musical” favorece a exteriorização de potencialidades, a expressão de emoções, o desenvolvimento da criatividade, ampliando as perspectivas de vida através do fortalecimento das interconexões cerebrais.
Entre as atividades realizadas nas sessões de musicoterapia com idosos como a expressão corporal, a dança, atividades rítmicas com instrumentos musicais, audição musical de canções relacionadas com sua história de vida entre outras, o canto é bastante explorado e a expressão vocal é utilizada como recurso para comunicação, satisfação e interação social. “O ato de cantar contribui para a estimulação do ser humano, colabora na construção cultural e desenvolve habilidades aprendidas. Para cantar, a saúde e o equilíbrio psicológico são fundamentais” (ZANINI, 2003).      






Referências:


LANDRINO, Norma. ASSUMPÇÃO, Martha Tannus Vianna. SOUZA, Márcia Godinho Cerqueira. “Musicoterapia Clínica e sua atuação na casa gerontológica de Aeronáutica Brigadeiro Eduardo Gomes”. In: O desafio multidisciplinar: um modelo de instituição de longa permanência para idosos. São Caetano do Sul: Editora Yendis, 2006.

ORGANIZATION, World Health.  “Envelhecimento Ativo: uma política de saúde”. Tradução Suzana Gontijo. Brasilia: Organização Pan – Americana de saúde, 2005. Titulo original: Active ageing a policy framework.
SOUZA, Márcia Godinho Cerqueira. “Musicoterapia e a clínica do envelhecimento”. Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2002.

  
ZANINI, C. R. O. – Envelhecimento saudável - o cantar e a gerontologia social”. Goiás. Revista da UFG, 2003.






        A musicoterapia atua como uma forma de prevenção de doenças, pois promove ao idoso o fortalecimento do seu potencial criativo, a socialização, resgata sua memória emocional, sua história de vida valorizando-o frente sua família e sociedade.



                                               Musicoterapeuta Daiane Pazzini Marques


Resumo do Artigo "A Importância da Musicoterapia para o Envelhecimento Ativo" (Trabalho de conclusão do curso de Gestão de Saúde da Pessoa Idosa, 2011).

http://portaldoenvelhecimento.org.br/revista/index.php/revistaportal/article/view/184/0

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