sábado, 27 de abril de 2019




Vivências do Projeto Colheita da Maturidade em Vinhedo e Itatiba-SP

www.colheitadamaturidade.blogspot.com.br


               
     

terça-feira, 28 de agosto de 2018




Participação no Programa Longevidade em Foco da TV Japi/ maio de 2018.

 Musicoterapeuta Daiane Pazzini Marques 

segunda-feira, 27 de março de 2017


Atividades motivadoras, socioculturais e terapêuticas para pessoas que buscam envelhecer de forma ativa!

Musicoterapia 
Danças Circulares 
Oficinas de Estimulação Cognitiva e Memória
Workshops e Rodas de conversa 


Grupos Semanais em Vinhedo e Itatiba-SP







Informações: colheitadamaturidade@gmail.com


https://colheitadamaturidade.blogspot.com.br/?m=1

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Música em Movimento: Danças Circulares!



" A dança é um diálogo onde as palavras são os movimentos. A dança é uma iniciação a vida. É o eterno movimento até Deus. É a oração do corpo" (Françoise Terseur)

 


As Danças Circulares são danças folclóricas, tradicionais e contemporâneas de diversos povos do mundo que retomam antigas formas de expressões culturais. Inseridas nos dias de hoje surgem novas criações, ritmos, coreografias e significados. As vivências dessas danças promovem a ativação corporal e benefícios mentais, físicos, sociais e terapêuticos, como uma atividade de relaxamento, diversão e motivação, integrando diferentes grupos, possibilitando a exteriorização de sentimentos e a cooperação.


 


Segundo Bernhard Wosien, criador do movimento das Danças Circulares em 1976, a dança é "como uma caminhada para dentro do silêncio e uma meditação em Movimento".

 Renata Ramos no livro "Danças Circulares Sagradas - Uma Proposta de Educação e Cura" (1998), salienta que um dos pontos mais importantes que percebemos e honramos no trabalho com as Danças Circulares Sagradas é o sentido de irmandade e de comunidade que elas despertam, e que esse trabalho tem como responsabilidade a União dos Povos e a Comunhão das Pessoas entre si e com elas mesmas.



"A Dança é a música transformada em movimento, é a manifestação gestual da música. Neste sentido, podemos dizer que dançamos somente quando fluímos junto com a música...Dançar é fluir no tempo. Dançar é fluir com o tempo, é respirar a música. Em cada dança vivenciamos o ciclo de uma vida pois cada dança é uma vida, cada dança tem o seu tempo e o seu espaço de ser" 
(William Valle em "Meu caminho no círculo das danças")










A musicoterapeuta Clara Márcia Piazzeta no seu artigo "Danças Circulares - Sagradas e Cirandas" nos diz que Danças Circulares Sagradas são danças de intenção e que a  harmonia e equilibrio do círculo torna cada participante responsável por si e pela roda, sendo um convite ao encontro com o outro e consigo mesmo, um exercício de escuta e concentração constantes, compartilhando de um tempo que não é o seu nem o do outro, mas sim o da música. A autora também enfatiza que nos deixamos guiar por forças que simplesmente nos colocam em movimento, permitindo uma comunicação sem palavras, com gestos, ações e intenções.





"Eu nunca deixo de me maravilhar com a maneira como as vidas podem ser transformadas pelas pessoas dançando juntas, conscientes das possibilidades de transformação ao dançar, apoiando umas às outras em um clima sem julgamentos." (Anna Barton)


As rodas de Danças Circulares podem ser realizadas com pessoas de todas as idades, não é necessário ter experiência anterior em danças, apenas disposição e vontade de compartilhar momentos de comunhão e alegria. Podemos observar mudanças no nosso corpo que se torna mais leve e ágil, e também nas nossas reflexões e atitudes que se tornam mais flexíveis.





quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Musicoterapia: Prática Clínica.

No artigo "Por uma nova abordagem Musicoterapêutica" da revista brasileira de musicoterapia número 5 o musicoterapeuta Renato Tocantins Sampaio (1999) ressalta que para se alcançar os objetivos terapêuticos de cada paciente/cliente ou grupo, o musicoterapeuta faz uso de atividades musicais através das quais se relaciona com os mesmos. Estas atividades tem como objetivo comunicar ou despertar conteúdos (sensações, sentimentos, idéias, imagens, lembranças, associações etc...) criando a possibilidade do indivíduo atualizar suas potencialidades através desse fazer musical ou da comunicação através da música. 

De acordo com Renato, em algumas instâncias, as necessidades do cliente são acessados diretamente através da música, e em outros casos, por meio da relação interpessoal que se desenvolve entre terapeuta e cliente, em ambos os casos, esses acontecimentos ocorrem no setting musicoterapêutico.

Vale a pena enfatizar,  que a prática da Musicoterapia só pode ser realizada por um profissional qualificado (com graduação ou especialização em Musicoterapia).





quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Musicoterapia - Considerações Gerais



Em Musicoterapia, a música (e seus elementos som, ritmo, melodia e harmonia) é utilizada como uma forma de comunicação e expressão de sentimentos e emoções onde o musicoterapeuta busca alcançar os objetivos terapêuticos necessários para cada indivíduo contribuindo com a melhora de sua qualidade de vida em geral. A musicoterapia é uma ciência em constante desenvolvimento e surgiu durante a Segunda Guerra Mundial na recuperação dos soldados feridos. O primeiro plano de estudos foi elaborado em 1944 nos EUA, no Brasil os cursos fundados em 1971 e em 1980 deu-se início a prática clínica. A Musicoterapia é uma carreira de nível superior e o curso de graduação tem duração de 4 anos.

          O musicoterapeuta utiliza técnicas de improvisação, audição, re-criação e composição musical afim de alcançar as necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas de cada cliente. Os objetivos do processo musicoterapêutico são traçados de acordo com as necessidades de cada individuo.

Em musicoterapia utilizamos os efeitos que a música produz nos seres humanos (reações sensoriais, hormonais e fisiomotoras) como um facilitador dos movimentos, da expressão de sentimentos, buscando estimular as funções cognitivas.

A musicoterapia é aplicada desde a gestação até a velhice, com pacientes em coma, crianças com déficit de atenção e hiperatividade, na depressão entre outras patologias. O trabalho do musicoterapeuta pode ser realizado em escolas, instituições públicas e privadas de saúde física e mental, clinicas geriátricas e de dependência química, centros de convivência para idosos, hospitais, consultórios e clínicas particulares. A musicoterapia também pode ser aplicada na área de recursos humanos de empresas, promovendo a melhora na qualidade de vida do trabalho.

A musicoterapia pode ser realizada em grupo ou individualmente e também pode ser aplicada na prevenção de doenças, promovendo o auto-conhecimento, a melhora da auto-estima, o alívio das tensãos e a diminuição do estresse. O paciente pode ser indicado por outro profissional ou procurar diretamente o musicoterapeuta que realizará uma entrevista e avaliação musicoterapêutica.

O Musicoterapeuta pode atuar junto a uma equipe interdisciplinar, unindo conhecimentos, em prol da melhora da qualidade do atendimento do paciente.

Na área da Geriatria e Gerontologia a musicoterapia busca estimular o idoso através do prazer de fazer, criar e compartilhar música, como cantar, tocar instrumentos musicais, dançar, compor e recordar canções que fazem parte de sua história de vida, resgatando seus aspectos positivos, sua memória, fortalecendo sua identidade e auto-estima. O idoso utiliza a música como meio de produção, comunicação e expressão de emoções e sentimentos, contribuindo para a prevenção de doenças e melhora da qualidade de vida.

A prática da musicoterapia com idosos é um campo fértil de trabalho, que vem demonstrando boas experiências e resultados principalmente para aqueles que buscam ter um envelhecimento de forma ativa e participativa.





A música é capaz de atingir diferentes áreas de nosso cérebro, ela nos emociona, nos impulsiona e nos acompanha por toda a vida. Podemos relembrar fatos através de canções que fizeram bons momentos se tornarem inesquecíveis.

 
Referências: BARANOW, Ana Léa Von. Musicoterapia uma visão geral. Rio de Janeiro: Enelivros, 1999.




Projeto Colheita da Maturidade/Vinhedo -SP
Informações: daianepazzini@gmail.com












quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Musicoterapia no Envelhecimento

              

Durante o processo de envelhecimento, o indivíduo enfrenta diversas transformações físicas, mentais, sociais e tem que estar sempre se adaptando as “novas realidades”, buscando ter uma velhice digna, com o máximo de qualidade de vida possível.


Junto a esses desafios do envelhecimento, surgem novas formas de tratamentos, coadjuvantes do tratamento médico, que inseridos em uma equipe multidisciplinar objetivam tratar o idoso em sua totalidade, unindo a estrutura física e mental.

A musicoterapia atua na área da geriatria e gerontologia e vem sendo utilizada em instituições públicas e privadas, atuando na prevenção das doenças do envelhecimento não só pelo reconhecido poder terapêutico da música, mas também pelos resultados positivos dos estudos investigativos da neurociência da música.

A música transcende o tempo e permanece entre as diferentes culturas e gerações dando sentido a momentos e épocas acompanhando o processo de envelhecimento.

Segundo Souza (2002), o tratamento musicoterapêutico utiliza a ampla capacidade de estimulação que possui o som e a música, atuando em múltiplos circuitos neocorticais. Os estímulos musicais possuem grande poder de penetração em ambos os hemisférios cerebrais, notadamente nas regiões que compõem o sistema límbico.

O tratamento musicoterapêutico voltado para a velhice abrange a área preventiva, os processos demenciais e o idoso com seqüelas de doenças. A musicoterapia vem alcançando níveis de tratamento e abordagens diferentes para cada tipo de patologia.

Souza (2002), nos mostra a abordagem musicoterapêutica sendo aplicada nas doenças no envelhecimento. Por exemplo: Na doença de Alzheimer com o uso da linguagem musical, o idoso é estimulado em suas conexões mais profundas, alcançando níveis da memória da mais arcaica para a mais recente, apresentando um sentimento de prazer por ter recuperado algo que, até então, estava supostamente perdido. A memória reativada pela música é o momento em que o idoso pode reviver passagens significantes de sua vida, resgatando sua identidade.

Com os pacientes com Parkinson que progressivamente vão perdendo o controle de seus movimentos, surgindo as dificuldades de comunicação, coordenação e expressão. A musicoterapia busca controlar os sintomas utilizando técnicas que promovem o controle rítmico do corpo, atuando nos movimentos, na deambulação e na fala. A música neste caso age como estímulo para se obter respostas motoras e emocionais do paciente.

Em relação a pacientes com seqüelas de acidente vascular cerebral (AVC), a música pode ajudar na estimulação da sensopercepção, na adequação rítmica da marcha, nas expressões  rítmicas corporais, verbais e não verbais como gestos, expressões faciais entre outros. Através das conquistas adquiridas durante as sessões de musicoterapia e da integração grupal, o idoso tem sua auto-estima elevada e consequentemente a diminuição do quadro depressivo.

Como podemos ver, a musicoterapia aplicada na velhice é um campo fértil de buscas, descobertas e possibilidades.  Com ela o idoso tem espaço para se expressar, para produzir e ver que esta fase da vida pode ser explorada de forma rica e criativa e que as músicas que fizeram parte de sua vida agora são suas aliadas na busca de seu bem-estar.
      


          Musicoterapeuta Daiane Pazzini Marques

Referências:

SOUZA, Márcia.G.C. Musicoterapia e a clínica do envelhecimento. In: Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 2002.

Marques, Daiane Pazzini. A Contribuição da Musicoterapia na Velhice. Disponível em http://www.portaldoenvelhecimento.org.br/artigos/artigo1697.htm. Acesso em 22 mar. 2011.